Katie Melua trouxe a banda (mas não toda) a Cascais e foi num hipódromo que o povo murcho, mudo, morto a recebeu. Apesar de ter escolhido um reportório que oscilava entre as músicas mais apaixonadas e calmas e as mais upbeat, bastante "dançáveis", o melhor que Katie conseguiu foi um bater de pé e umas palmas e assobios nas músicas que mais passaram no nosso espaço hertziano.
Destaque para as variações de Katie e dos músicos que ao desviarem as canções da gravação dos álbuns dão um toque de classe à exibição de outra forma monótona. Destes o que mais me marcou foi "Toy Collection", tocado e cantado com a garra que o álbum nunca teve.
Katie fica de parabéns porque trouxe um bom concerto, boa música, bons músicos, bom som, tudo do melhor. Faltou a cenografia que sabemos que acompanha alguns dos seus espectáculos mas até isso era perdoável.
O que não é perdoável é o público que lhe foi oferecido. A pobre coitada bem podia fazer strip que ninguém se manifestaria de qualquer maneira...
[mais fotos em flickr.com/enolough]
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Katie Melua
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18 comentários:
O que me preocupa não é o público. É tu conheces os álbuns o suficiente para perceber as diferenças ao vivo. :P
Ironicamente, os concertos da metalada porca, suja e má começam a ser os poucos sítios onde ainda há público com garra e vontade de ver, ouvir e curtir o que se está ali passar.
P.
melhor público (se bem que, sim, acho o da metalada impecável): punk.
Se não estivermos necessariamente a falar de punk la la la tipo Offspring e Green Day, então concordo contigo que também é, por norma, um excelente público. ;)
os públicos são diferentes para diferentes músicas.
há público aficionado e expansivo para Tony Carreira, por exemplo; há público quieto e calado para prog metal e há público aficionado mas discreto para a música de câmara.
quanto à preocupação de conhecer os álbuns; a mim não me tem preocupado. :)
os públicos são diferentes para diferentes músicas.
há público aficionado e expansivo para Tony Carreira, por exemplo; há público quieto e calado para prog metal e há público aficionado mas discreto para a música de câmara.
La Palisse, aliás, não o diria melhor. ;)
"Ironicamente, os concertos da metalada porca, suja e má começam a ser os poucos sítios onde ainda há público com garra e vontade de ver, ouvir e curtir o que se está ali passar."
isto é retórica. há tanta alegria em metalada porca como em michael carreira, talvez menos.
Acho que não consigo falar em "metalada" e em "retórica" ao mesmo tempo. Cabeça e coração dificilmente se entendem um com o outro.
Sorry, mate, não consigo elevar um post e uma conversa destas ao estatuto de dissertação filosófica. :)
ainda assim acho que para efeitos de curtição do público vale tanto a metalada como o Tony
Vamos então, para todos os efeitos, acreditar que o público com quem partilhaste o concerto da carinha laroca da Katie, também estava a curtir.
Diga-se de passagem, o Tony Carreira é um caso sério (no shit, Sherlock). A felicidade estampada no rosto daquela gente que assiste aos concertos dele é um fenómeno. Não encontro uma explicação racional - lá está, só emocional - para tanta gente ter passado horas a torrar ao sol para ver o Tony Carreira no Parque da Bela Vista aqui ha' uns tempos, naquela cena do picnic do Modelo.
Isto é uma questão de tempo até começar a haver mosh nos concertos do Tony. Seriously, da maneira que o mosh hoje em dia é encarado pelos putos, é natural que se espalhe e deixe de ser necessário que a música puxe por isso.
não tem nada a ver com estilo de música... O estilo da Katie dá perfeitamente para dançar, cantar e assobiar, quase todos dão... O mal é daquele público do cool jazz. são cinquentoes que compram o passe para todos os dias e não conhecem metade. sao essas pessoas que se sentam à frente (bilhetes mais caros)mas sã as q ficam lá atrás que se manifestam mais.
Pá...acho esta discussão um bocado redundante visto todos nós sabermos que há públicos geniais para todos os géneros. Já vibrei tanto em Quim Barreiros como em Tara Perdida (esta foi para a i )
Mas agora a questão importante para o Eno: e dedicares-te à fotografia, não? Tão brutais as fotos pa. Farias uns belos dinheiros!
Ia a dizer precisamente o mesmo sobre as fotos. Excellent stuff! E um filho da casa! :D
Quanto ao que a i tava a dizer, é o velho "síndrome cabo verde".
Aconteceu isso em Mayra Andrade. Mas acabou 10 minutos depois do concerto começar.
Os velhos cascaenses (sim, é memassim a discriminar!) são ricos e papam todos os grupos que aparecem nas modas. Diana Krall foi à vida e agora é Buika e Katie Melua. E nós? Vamos de escadas...
É por essas e por outras que bandas e artistas novatos com ligeiro interesse musical se podem dar ao luxo de cobrar 40 euros por bilhete.
De acordo com o chico e a inês. e não me alongo mais. comento pela alusão a tara perdida: já fui a dois concertos e são bem divertidos! levaram-me para o mosh e quase morri ahaha
ps - semi-mosh. fiquei no fim da maralhada toda, e quando fui atirada ao chão pela primeira vez, desisti. lol sou muito pequena para essas coisas =P
e sim, pedro, ÓPTIMAS fotos!
Pronto, entao vou dizer o que toda a gente ta a pensar e ninguem quer dizer: Katie Melua é uma pirosada!!
Pronto, ja disse!
eu gosto imenso
fati: o comentário Tara Perdida é uma joke que te contarei dps. alembra-me :P
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