Conhecido por todos nós, pelos nossos pais e pelos nossos filhos, Michael Jackson morreu hoje às 7 da tarde em Los Angeles na Califórnia. O cantor sofreu uma paragem cardíaca e já não respirava quando a ambulância chegou ao local. Mais
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Um dos maiores sex-symbols dos anos 70 e parte dos Charlie's Angels originais, Farrah Fawcett morreu também hoje às 9:30 da manhã. Farrah morreu aos 67 depois de 3 anos a batalhar com cancro. Mais
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27 comentários:
da Farrah Fawcett descobri agora... que coisa... :(
ainda há uma semana a minha mãe me mostrou um artigo sobre a luta da farrah contra o cancro. e tive aquela esperança de que tudo ia acabar bem... e ontem... e mais o mickael jackson... isso é que foi inesperado... =((
Eu pessoalmente não me consigo comover com estes acontecimentos, de todo.
É sempre triste quando alguém morre de uma doença cruel, especialmente se for em sofrimento, mas quando há uma historial público de agarranço a uma qualquer substância, I just don't care. Voltamos ao cliché, mas eu não me consigo emocionar mais com isto do que todos nós nos emocionamos com os 30 ou 40 que morrem diariamente em determinados países por causa de determinadas guerras dos homens.
Lembrou-se agora porventura toda a gente de alguém que andava esquecido, demonizado e ridicularizado há anos e anos, foi?
Give me a fuckin' break.
sim, é verdade que ele tinha sido esquecido e ridicularizado, mas acho que é assinalável pela pessoa que foi. agarrado ou não, foi um marco na música. por isso merece uma boa despedida...
tás um bocado furioso com o mundo...Ninguém está triste a n ser os fãs dele!
Para os restantes é exactamente a mesma sensação se morresse o Batatinha do Batatoon.
E ele podia andar demonizado e ridicularizado mas esquecido não foi. Enquanto as pessoas estão vivas, existe sempre a esperança de redenção. É chato quando vemos alguém morrer sem ela.
Quer queiras, quer não, ele foi o maior artista pop de todos os tempos. o que na realidade significa que foi o maior artista musical de todos os tempos. Claro que a reacção à sua morte vai ser maior do que à morte do zé da esquina cuja vida nunca raspou sequer na minha.
ele trouxe música a muita gente e merece ser lembrado por isso. O fim está a ser tão circense como o meio e o princípio. Não sei porque refilas.
Tens razão quando dizes que estou chateado com o mundo. Estou mesmo. Mais do que chateado com o mundo, estou chateado com as pessoas. E inúmeras vezes, chateado comigo próprio, mas isso já é outra estória.
Eu pessoalmente, por exemplo, estou-me nas tintas para a redenção do Michael Jackson. Acho que só num mundo completamente às avessas com as questões realmente importantes é que se pode mediatizar estas coisas desta forma.
E se por um lado é um facto indesmentível e exacto que foi o artista responsável pelo álbum mais vendido de todos os tempos, por outro considerá-lo o "maior artista musical de todos os tempos" é totalmente subjectivo e completamente irrelevante.
Morreu uma pessoa que a determinada altura foi de alguma forma importante e que, não duvido, continuou e continuará a sê-lo para os seus fãs. Mas para mim não justifica o que se passa. RIP and all that, claro que sim, mas não foi nem é mais importante que tantas outras pessoas que valem tanto ou mais e nunca tiveram, nem vão ter, uma porra de uma oportunidade na vida.
and that's the way of life. Temos de fazer paz com isso mais tarde ou mais cedo. Eu percebo o que queres dizer, se a Aung San Suu Kyi morresse, ninguém ia sequer dizer "RIP" no Facebook.
Mas a questão é: porque é que dizes em relação ao Michael Jackson e não quando o Bénard da Costa morreu? Ele não foi assim tão importante para o cinema português como fizeram parecer quando ele morreu. Mas tb houve o mini-circo em todos os blogues e todos os jornais.
É normal. As pessoas que tocam as vidas dos outros, por muito ínfimo que seja o contacto, vão ser lembradas. E a Aung San não.
OK, estamos basicamente então do mesmo lado. Eu apenas sou um bocadinho mais revoltado que tu. :)
Em relação ao Bénard da Costa, apenas achei que a relação entre a mediatização dele em vida e a importância real que teve justificava o obituário e uma palavra. É discutível, de facto.
eu acho que o circo também se deve às circunstâncias da morte. se calhar se tivesse morrido aos 80 anos, não havia tanto zumzum...
Mas eu compreendo bem o mediatismo de tudo. Sei lá, não fazia sentido se assim não fosse, ele também era mediático. Para mim é natural...Mas vá, eu sou jornalista, já não me chateio com estas coisas
"eu sou jornalista"...lol isto soou um bocado pretensioso. enfim, esqueçam :P
Mas tu és jornalista, não és? Onde está o pretensiosimo? :)
foi esquisito... acho que é porque não o digo muito, e porque o usei como "desculpa" numa discussão
não soou nada pretensioso! tens de dizer mais. para a próxima devias usar essa frase como final de discussão hahaha
"Calem-se! Eu é que sou jornalista!!"
hahahaah agora a sério, não soou.
hey, e o meu comentario? eu a achar "queres ver que estes 15 cvomentarios surgiram depois da minha resposta ao Paulo?", e afinal isto nao gravou. bem, só para dizer que ninguem santificou o MJ. Mas nao sao so as pessoas exemplares que merecem ser lembradas. não deixo de ficar muito triste com a morte do rei da pop. como não reconhecer que foi (é) um marco na musica? MJ é historico. pode negar-se isso? então faz sentido que a morte dele seja assinalavel e se fale disso.
pronto, e agora vou ler a vossa discussão
Pode ser assinalável, ainda que para uns mais do que para outros. Mas eu não me sinto mais triste pela morte do "rei da pop" do que me sinto pela morte de qualquer outra pessoa deste mundo. É só isso.
e agora que li tudo: acho normalissimo que se fale muito. acho bem, aliás. isso acontece sempre que morre alguem relevante. podemos questionar se às vezes é demais ou que pessoas merecem ou não, sure. mas é obvio que eu quero ler sobre o MJ agora. Como quero quando morrer o Saramago. Porque não? Esse argumento de que o não-sei-qts tb morreu e ninguem disse nada é uma tanga. Ninguém conhecia o nao-sei-qts e por isso ninguém quer saber sobre ele. Estas pessoas através da sua arte, seja ela qual for, tocam em muitas pessoas, o que faz com que tenham muito mais interesse mediático. Não só me parece lógico como justo. Além disso não faltam por aí histórias de heróis anónimos. Quando as pessoas fazem algo extraordinário acabam por ser notícia. Não podemos ser todos capa de jornal. "Give me a fuckin' break"
Acho normalíssimo que se fale muito, também, especialmente tendo em conta o mundo pop em que se vive. Mas não acho bem.
não fico mais triste no sentido de achar que a vida de um vale mais que a de outro. a vida humana não se mede por holofotes, claro. mas a mim faz-me mais falta que o senhor que mora ali no prédio ao lado e que nunca vi. tenho mais pena que desapareça uma pessoa cuja obra foi maior e mais abrangente que o sr do prédio ao lado, tenho pena que desapareça uma pessoa que criou mais, inspirou mais e deixou um legado. Bem... nesse sentido talvez tenha mais pena do senhor do prédio do lado, porque além da familia e amigos, nunca mais ninguém se lembrará dele e os meus filhos não hão-de dançar à musica dele... lá isso é verdade.
eu só queria dizer que vivo num meio que escreve a biografia da agustina bessa-luís quando lhe dá um AVC :p ahaha por isso talvez me passe ao lado o mediatismo. e é como a ines diz, ele morreu agora, quero saber mais sobre ele agora, porque me interesso sobre o legado que deixou... e confesso que tive uma infância MUITO minada pelas músicas dele... os meus tios adoravam! por isso não consigo mesmo passar ao lado
Esta semana ficámos com menos um pedófilo no mundo; o músico-dançante-rei-da-pop já tinha morrido há muito tempo e foi lamentável mas como a morte foi lenta não encheu revistas e blogs. O MJ das polémicas, dos casos de tribunal e das plásticas é que faltava morrer e esta semana consumou-se isso.
Mas enfim, há tanto "agarrado" que morre e dá-se honras de discussão e lamento (Kurt, Heath...)
agora n vale a pena dizer Rust in Piss em vez de Rest in Peace, coitado do moço :P
"Personally, I found the obsessive retrospectives about Michael Jackson a little disgusting. His commercial success for a few years as a pop singer seemed to trump the dark and unsavory aspects of his life. But he was no hero. He was certainly no one to be celebrating. Unless of course, you were an ayatollah. Because one of the truly transcendental ironies of recent history has to be the fact that a symbol of the worst sort of Western spiritual and social corruption...celebrity worship, drug culture, financial excess, debauchery...ended up providing just the distraction that the keepers of the Islamic Revolution's flame in Tehran needed to direct the world's attention away from their abuses of their own people."
David Rothkopf in Foreign Policy
iiish lá vem a política...isso é a mesma história da diversão criada pela Monica Lewinski aquando dos bombardeamentos das escolas no kosovo.
Só falta dizerem que FORAM OS EUA QUE MATARAM MICHAEL JACKSON!!! tantantan!!!
não há pachorra...
Hehe, eu sabia que tinha contratado o Pedro por boas razões.
A mim a única coisa que me causa confusão é em que medida o Michael Jackson ajudou a causa negra tornando-se branco.
Guess it doesn't matter anymore.
ninguém disse que o Ayatollah matou o MJ...
acontece que um (in)feliz acaso fez com que as notícias ocidentais deixassem de passar mortos e presos em Teerão para fazer directos da Terra do Nunca.
ora isto não sendo propositado dá jeito ao alegadamente mal eleito presidente da republica teocrática.
e como não há espaço para tudo nos jornais os casos sérios ficam para a página 10
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