sábado, 9 de maio de 2009

Star Trek

Realizado por: J.J. Abrams
Com: Chris Pine, Zachary Quinto, Eric Bana
imdb

Já há muito tempo que esperava por este filme. Para deixar clara a credibilidade da minha crítica e quem a deve aceitar ou não, identifico-me: não sou Trekkie, sou fã moderado de Ficção Científica, sou um gigante fã de toda a obra de J.J. Abrams quer como produtor, quer como realizador, e por muito que eu ache que isso não é para aqui chamado, não sou fã de Heroes, antes pelo contrário.

Uma coisa admito: Quando quiserem um filme de Nerds, peçam a um Nerd para o fazer.

Star Trek, brilhantemente intítulado apenas Star Trek, mostra-nos o ínicio do que será um dia a tripulação da S.S. Enterprise.

23 anos antes dos eventos do filme. Investigando uma tempestade eléctrica, A U.S.S. Kelvin é defrontada com a Narada, uma nave mineira Romulan, que a ataca. Quando o Capitão Richard Tobau é capturado e morto pelo Romulan Nero, George Samuel toma o controlo como novo Capitão da nave membro da Starfleet. Em 18 minutos, George toma a decisão de chocar a Kelvin contra a Narada, enquanto ele próprio está a bordo, para dar tempo à sua tripulação de escapar ilesa. Entretanto, contacta a Terra para comunicar com a sua mulher que está a dar à luz nesse momento. Enquanto se aproxima da sua morte iminente, o seu filho nasce. O seu nome, James Tiberius Kirk.

Agora belicoso e rebelde cadete James T. Kirk alista-se na Starfleet para seguir as pegadas do pai, Capitão da U.S.S. Kelvin, iniciando contacto com o que será a primeira fornada de tripulantes da U.S.S. Enterprise: os futuros doutor Leonard "Bones" McCoy, Tenente de Xenolinguística Uhura, Pavel Andreievich Chekov e Hikaru Sulu.

Mas o momento realmente emocionante é quando Kirk se torna o primeiro aluno da Academia a superar o exame Kobayashi Maru, conotado pela sua impossibilidade prática, desenhado por outro membro da Starfleet, o primeiro imediato da Enterprise: Spock.

O resto é história. E que grande história. Tem uma narrativa simples e directa, mesmo envolvendo a complexidade do tema do filme, viagens no tempo.
O que temos de perceber ao entrar no filme é que não é um clássico imediato nem um filme de culto. é um blockbuster de verão, com tudo o que de bom e de mau isso acarreta. Está extraordinariamente bem conseguido, os actores desempenharam magnificamente os seus papéis, especialmente Eric Bana como Nero, sem tentarem melhorar nem imitar os seu precessores. Karl Urban, Zachary Quinto, Simon Pegg, John Cho, pode dizer-se que qualquer um deles emulou, sem imitar, os actores originais. Com a excepção de Chris Pine no papel de Kirk.

Chris pensou, com razão, que toda a gente iria esperar uma imitação da cadência na sintaxe do Capitão Kirk, tão preconizada por Shatner. Enganaram-se. Pike decidiu retratar Kirk nos tons de outro rebelde espacial: Han Solo.

E as comparações com Star Wars não ficam por aí. Desde a estruturação dramática à linearidade da montagem, pode dizer-se que est é o filme que une as duas facções Sci-Fi. Para os leigos, não falta nada. Para os Trekkies, está lá tudo.

Todas, repito: todas, as frases costumárias da série são ditas no filme. "Live long and prosper" sendo obviamente a primeira, até à minha favorita, "I'm giving it all she's got, Captain!".

Dou-lhe nota máxima. Entendam daí o que quiserem.

Já agora, um pormenor entre os milhares que achei fenomenais: todos os episódios começavam com uma frase lida por Spock, que todos os fãs recitam simultâneamente no tempo certo. Essa frase não esteve presente nos créditos do filme. Zachary Quinto nunca a disse. Leonard Nimoy também não... Quando já me preparava para desistir de esperar por ela, eis que o filme acaba e ouve-se uma voz soturna, firme e austera:

- "Space: the final frontier. These are the continuing voyages of the starship Enterprise. Her ongoing mission: to explore strange new worlds, to seek out new life-forms and new civilizations, to boldly go where no one has gone before."

PS: faltou dizer aos meus camaradas leigos que a Treknobabble, ou seja, a gíria, regras e linguagem pseudo-científica que rodeia a série, foi brutalmente amenizada, pelo que podem contar com uma percepção límpida dos diálogos/planos dos intervenientes. Muito obrigado Damon.

3 comentários:

Francisco Maia disse...

pps só para a I: se quiseres mesmo perceber como funcionam as viagens no tempo de Lost, vê este filme. É do abrams e do lindeloff, os génios do L.

prla1983 disse...

Sounds interesting, vinda esta opinião de um não Trekkie como eu. Will check it out.

Nice review ;)

Fátima disse...

Absolutamente a ver, especialmente depois desta crítica!