Realizado por: Bryan Singer
Com: Tom Cruise, Kenneth Branagh, Bill Nighy
imdb
A primeira coisa que me veio à cabeça quando vi o nome de Bryan Singer associado a Valquíria foi: "o realizador de X-Men e de Superman Returns num filme histórico? Vai dar asneira". Ainda por cima não gostei particularmente de nenhum dos filmes - já é sobejamente conhecida a minha implicância com adaptações de bandas-desenhadas.
Apesar da primeira hesitação devido ao realizador, o trailer e a história original conquistaram-me. Os dois minutos de antevisão do filme fizeram-me pensar que era um daqueles filmes históricos sem tempo para respirar, pleno de personalidades fortes e inspiradoras. Não me enganei. A história falava da coragem da resistência alemã, de uma minoria não-cega pelas ambições sem escrúpulos de Hitler, um punhado de homens decididos a mudar os títulos das páginas dos livros de História, onde um dia ser leria "A Alemanha de Hitler". Senti que seria o típico filme histórico que arrebata e inspira. Mais uma vez, não me enganei.
No entanto, duas horas depois no Cinemax do Beloura, não me senti arrebatada pelo filme de Bryan Singer. Qual foi o problema? A minha mania de "fazer os trabalhos de casa", motivada também pela pessoa que foi comigo ver o filme. "Canal História, já!", lia-se na mensagem que recebi uns dias antes da estreia. Estava a dar um programa do canal História, que contava em pormenor a operação Valquíria. Ver o programa estragou o factor surpresa do recheio do filme. Já sabia que a operação para matar Hitler não tinha resultado, ou a História teria sido diferente, mas não sabia como tinha sido planeada, por quem, como, porquê. Claro que o canal História contou tudo e deitou todo o trabalho de Singer por terra.
De qualquer modo, não pude deixar de apreciar a interpretação de Tom Cruise como Coronel Claus von Stauffenberg, determinado e eloquente, que se anulou para ser em cada nervo do seu corpo o temerário militar. Mais que gravado na minha memória está o momento em que Stauffenberg levanta o coto, resultado de um incidente na Tunísia, para fazer "Heil, Hitler", numa clara e enraivecida prova de aversão ao Führer.
Um bom filme para lembrar que Alemanha não é sinónimo de Hitler.
Veredicto: 6/10
3 comentários:
Esqueceste-te foi de falar no facto da música do SAW ser a musica do trailer...
Realmente isso também foi algo que custou a entender. Isso e o facto dos oficiais nazis falarem um inglês com um perfeito sotaque britânico.
E Tracey, não me leves a mal, mas eu prefiro associar o Bryan Singer a filmes como o "Apt Pupil" e sobretudo o fenomenal "The Usual Suspects" ;)
Sim! Eu é que me lembro sempre dos piores, os que me doeram...
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