Acabei de ver o oitavo episódio da série de vampiros da produtora HBO, True Blood.
Existe um adjectivo que não deveria existir no panorama prime-time da televisão americana: aborrecido.
A série é lamechas, pedante, mal escrita, lugar comum, falsa e redundante.
Todos os clichés quanto à mitologia de vampiros estão presentes quer por negação ou aceitação dos mesmos. A única diferença, muito mal aproveitada, é que a série tem como pano de fundo os terrenos pantanosos da Louisiana. Nova Orleães para ser mais preciso.
Mas o impacto da terra crioula é pouco interessante ou negativo até. Tudo que se torna evidente de tal condição é o sotaque dos personagens.
Quanto a estes, é raro ver uma série que explore tanto o mundo dos estereótipos. Desde o engatatão à alcoólica, o bonzinho sensaborão à púdica, os saloios e o galã. Mas em toda esta parafernália de personagens repetitivos, encontra-se um refrescante: Lafayette. Um afro-americano gay que trabalha no pub de dia e se prostitui à noite a vampiros em troca de sangue que vende como droga a humanos. Tudo com sentido de humor e um alento badass bem à americana.
O melhor da série é mesmo a banda sonora. Johnny Cash, Ry Cooder e na faixa dos créditos iniciais, um brilhantemente inserido "Bad Things" de Jace Everett.
Nunca tão em vão foi usado um crédito a um produtor ou série: embora seja produzida por Alan Ball, esta série nada tem a ver com Six Feet Under ou com American Beauty.
O grande problema da HBO é que já não consegue produzir material bom o suficiente para rivalizar com a era dourada (Lost, 24, The Wire, etc...) e baseia-se nas fórmulas da moda. Tenta ser profundo e finge tocar no âmago da experiência humana, no entanto tudo o que faz é focar a percepção do âmago da experiência humana.
Redundante.
Aborrecido.
1 comentário:
nunca me suscitou curiosidade... isso e o crepúsculo...
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