De resto, não sendo um filme cómico faz sorrir bastante, em especial pela presença do actual Governador do Estado da Califórnia. Arnaldo insiste em falar com monossílabos e deixa cair piadas com pouca piada. Há uma profusão de explosões, tiros e pancada. Cenas de pura pancada que fazem lembrar os westerns com Bud Spencer.
Para variar, o vilão não é um russo nem sequer um sírio psicopata… é um ditador da América Latina. (que original!) Trata-se do antigo presidente de Valverde, um país onde se fala espanhol manhoso e cuja bandeira é arrepiantemente semelhante à bandeira de Portugal.
E lá vai o pai carinhoso e atento dar pancada em ex-combatentes, mercenários e até polícias “bons” (o único bom aqui é mesmo o Coronel Matrix) com o intuito de salvar a filha das garras dos mauzões.
Nada neste filme é plausível. E já não falo sequer de ser possível, apenas de ser “aceitável”, tal como aceitamos que Potter ande sobre vassouras ou Bond use carros-sumarino-avião.
Aquele lança rockets quadrado é uma arma imprescindível para quem quer derrotar um ditador sul-americano. E claro, dá sempre jeito que uma mina colocada à porta de uma casa faça com que o edifício expluda por dentro (quatro vezes e apresentado em ângulos diferentes). No fim Matrix consegue matar 87 pessoas durante o filme e acabar sem um osso partido. Vejam aqui como arrumar 50 pessoas em três minutos apenas.
Ainda assim é uma hora e meia bem passada, um filme que diverte, quando não for pelas piadas é pela porrada. A banda sonora está omnipresente, desajeitada, horrível mas a despertar sorrisos também. E é assim que mesmo cheio de falhas e com o aspecto mais foleiro de sempre o filme bate no topo do factor entretenimento e recebe 6/10. Para ficar a saber todo o filme basta ver o trailer, que serve de resumo:
E com isto ia-me esquecendo de referir que Alyssa Milano está no elenco mas não com o bom aspecto que lhe conhecemos. É a filha do Matrix, raptada pelos maus. Engraçado ver como o patinho feio se tornou cisne.
1 comentário:
"Let out some steam, Bennett."
GOLD.
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